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Campanha mundial ‘Dezembro Vermelho’ marca conscientização e combate à AIDS

 

Além das festas, o mês de dezembro é marcado por um alerta mundial: a conscientização e combate à AIDS, e as doenças sexualmente transmissíveis. No décimo segundo mês do ano, o mundo resolve dialogar com a população sobre a importância de fazer o teste HIV, e caso dê positivo, iniciar o tratamento, o mais breve possível. Não é vergonhoso cuidar de si mesmo.

 

O vírus HIV atinge o sistema imunológico, enfraquecendo a proteção de maneira progressiva. Caso não seja diagnosticado a existência na fase inicial do vírus no corpo do paciente, o HIV pode evoluir para à Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

 

A AIDS age destruindo as células que protegem o sistema imunológico, deixando-o deficiente e fragilizado para outras doenças. Com o sistema imunológico baixo, os riscos de câncer, pneumonia e outras doenças aumentam.

 

Para quem presenciou a AIDS no seu início, por volta dos anos 80 e 90, sabe o quanto é triste ver amigos, parentes, artistas, atletas, sendo vencidos por um vírus tão cruel.

 

Hoje com a evolução das pesquisas, o tratamento é possível neutralizar o HIV no paciente, em alguns casos deixando quase imperceptível, impedindo que gere a Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), mesmo o paciente sendo soro positivo (ter o vírus HIV).

 

Quanto mais cedo for diagnosticado o vírus no corpo, maior será a eficiência no tratamento, que na maioria dos casos resume-se em ingerir dois compridos diários. Lembrando que o tratamento é gratuito e de fácil acesso em qualquer posto de saúde no Brasil.


TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV

 

O diagnóstico precoce é a melhor forma de evitar a transmissão vertical do HIV, da mãe para o filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação. Sendo assim, é essencial que todas as gestantes e parceiros sexuais sejam testados para o HIV/Aids. No caso da mãe, ela deve ser testada durante o pré-natal e no momento do parto.

 

O maior número de gestantes infectadas com HIV (27,6%) está entre jovens de 20 a 24 anos. Em um período de 10 anos, houve um aumento de 21,7% na taxa de detecção de HIV em gestantes que pode ser explicado, em parte, pela ampliação do diagnóstico no pré-natal e a melhoria da vigilância na prevenção da transmissão vertical do HIV. Em 2019 foram identificadas 8.312 gestantes infectadas com HIV no Brasil.

 

PREVENÇÃO

 

A melhor forma de evitar a infecção pelo HIV é pela prevenção combinada, que consiste no uso simultâneo de diferentes abordagens de prevenção:

 

PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV): é um método de prevenção que consiste na ingestão diária de um comprimido que impede que o vírus infecte o organismo, antes mesmo da pessoa ter contato com o vírus. É indicado para pessoas que tenham mais chance de entrar em contato com o HIV.

 

PEP (Profilaxia Pós-Exposição ou PEP): medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV que consiste no uso de medicamentos, após uma possível exposição ao vírus, para reduzir o risco de infecção. Deve ser iniciada o mais rápido possível, preferencialmente, nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde.

 

Preservativos: a camisinha masculina ou feminina deve ser usada em todos os tipos de relação sexual. Além de ser bastante acessível, está disponível nas unidades de saúde gratuitamente e é a maneira mais eficaz para evitar a infecção pelo HIV e uma gravidez não planejada.

 

Testagem: o diagnóstico da infecção pelo HIV é feito por meio de testes. O teste rápido é um deles. Em, no máximo, 30 minutos é possível ter acesso ao resultado. O teste é realizado, de graça, em unidades básicas de saúde. O diagnóstico precoce é essencial para dar início ao tratamento o quanto antes e controlar a transmissão.

 

Tratamento: a infecção pelo HIV não tem cura, mas pode ser controlada com a ingestão de medicamentos antirretrovirais, o chamado coquetel. Os medicamentos são distribuídos gratuitamente pelo SUS.

 

Carga viral indetectável: a pessoa que vive com HIV, mas realiza o tratamento adequadamente, consegue reduzir a circulação do vírus no corpo a índices indetectáveis. Ou seja, consegue eliminar o risco de transmissão.

 

Biologia do Vírus

O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.

 

Assim pega:

    Sexo sem camisinha;
    Uso de seringa por mais de uma pessoa;
    Transfusão de sangue contaminado;
    Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
    Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.

 

Assim não pega:

    Sexo seguro com camisinha;
    Masturbação a dois;
    Beijo no rosto ou na boca;
    Suor e lágrima;
    Picada de inseto;
    Aperto de mão ou abraço;
    Sabonete/toalha/lençóis;
    Talheres/copos;
    Assento de ônibus;
    Piscina;
    Banheiro;
    Doação de sangue;
    Pelo ar.

 

DADOS NO BRASIL

 

Atualmente, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmitem o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável. Em 2020, até outubro, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento antirretroviral. Em 2018 eram 593.594 pessoas em tratamento.

 

No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 41.919 novos casos de HIV e 37.308 casos de Aids. O Ministério da Saúde estima que cerca de 10 mil casos de Aids foram evitados no país, no período de 2015 a 2019. A maior concentração de casos de Aids está entre os jovens, de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% dos casos do sexo masculino e, entre as mulheres, a 48,4% do total de casos registrados.

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